Blog do Ronaldo Evangelista

Arquivo : Marisa Monte

Melhores de 2011: Pupillo
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Ronaldo Evangelista

Kassin – Sonhando Devagar
Criolo – Nó na Orelha
Domenico – Cine Privê
Juçara Marçal, Thiago França e Kiko Dinucci – Metá Metá
Lirinha – Lira
Junio Barreto – Setembro
Karina Buhr – Longe de Onde
Tibério Azul – Bandarra
Marcelo Camelo – Toque Dela
Bixiga 70
Gui Amabis – Memórias Luso/Africanas
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Em 2011 Pupillo produziu Setembro, de Junio Barreto, tocou em O Que Você Quer Saber de Verdade, de Marisa Monte, e já começou a gravar o próximo disco da Nação Zumbi, a sair em 2012.
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Mais melhores de 2011 por aqui.


se eu tenho tanto a perder eu perco é o medo
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Ronaldo Evangelista

O que se quer“, forrozinho simpático, parceria de Marisa Monte com Rodrigo Amarante, é belo momento do recém-lançado disco novo da cantora, com ele cantando junto e tocando quase tudo. Faixa-a-faixa de todo o álbum você lê por aqui, e logo acima no play o dueto, sobre o qual ela contou mais por aqui e trecho abaixo:

A música que eu me lembro de ter feito durante o processo foi consequência da minha passagem por Los Angeles, quando encontrei o Rodrigo Amarante. Eu nunca tinha feito nada com ele, mas existia uma vontade mútua. Um dia a gente se encontrou no estúdio porque a gente gravou uma música para o último Red Hot + Rio, “Nu com a minha música”, de Caetano Veloso e Devendra Banhart. Durante esse tempo em que a gente estava no estúdio, pintou a ideia de uma música. Ela já veio com algumas palavras, uma coisa que a gente fez junto na hora, já com alguns pedacinhos de letra. Depois, ele continuou sozinho. Quando ele veio ao Rio, ele trouxe o que ele tinha feito. Aí, demos aquela arredondada e eu achei que ela tinha a ver com o resto do disco todo. Ela fala sobre saber o que se quer e sobre pagar o preço do que se quer, mesmo parecendo loucura para todo mundo em volta. A música é na primeira pessoa e ela diz: “Vá, pode falar, pode escrever, eu vou me entregar”. É sobre o reconhecimento e a conquista do desejo.


Marisa Monte, ainda bem
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Ronaldo Evangelista

Quarta-feira, 14 de setembro, está oficialmente pré-lançado o oitavo álbum de Marisa Monte – título ainda em segredo -, com a música “Ainda bem”.

Composição de Marisa com Arnaldo Antunes, canção simples de poética light, rimando coração e solidão, melodia romântica e letra de amor ideal. Gravação limpa, balada com clima de faroeste argentino, banda juntando Dadi, Gustavo Santaolalla e Nação Zumbi, radar da cantora afiado como de hábito.

O lançamento foi pelo YouTube, ferramenta universal de streaming com embed fácil, espalhado pelo site oficial, algumas dezenas de milhares de plays no primeiro dia.

Toda interativa, nenhuma marinheira de primeira viagem de internet, Marisa anda respondendo algumas perguntas pelo Formspring. Contou, por exemplo, sobre a música nova:

‘Ainda bem’ foi uma das primeiras composições dessa nova leva.

Eu fiz a melodia e durante muitos dias fiquei cantando com o violão sozinha em casa, sem letra mas com algumas palavras que já nasceram junto com a música: “ainda bem que agora encontrei você…”.

Alguns dias depois o Arnaldo veio aqui em casa, nos sentamos na varanda, eu mostrei pra ele e a letra fluiu.
Começamos a gravação, eu e Dadi aqui em casa. Violões, tom e andamento.

Depois disso gravei a base em São Paulo, com o power trio do Nação Zumbi (Pupilo, Dengue e Lucio Maia). Eles deram à música um sabor meio faroeste italiano.

Poucos meses depois fui a LA gravar no estúdio do meu amigo Gustavo Santaolalla. Pedi que ele tocasse violão e ronroco, suas especialidades e seu parceiro Anibal Kerpel acrescentou uns teclados.

Pra completar, de volta ao Rio, gravamos o trompete meio mariachi com o Maico Lopes.

“Ainda Bem”
(Marisa Monte/Arnaldo Antunes)

Bateria e reco-reco: Pupillo
Baixo: Dengue
Guitarra: Lucio Maia
Guitarra pignose e violão de nylon: Dadi
Violão de nylon e vocal: Marisa Monte
Teclado: Aníbal Kerpel
Ronroco ,violão de nylon: Gustavo Santaolalla
Trumpete: Maico Lopes


Soy loco por ti, América
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Ronaldo Evangelista

Fim de semana fui ao Jóquei Clube acompanhar os shows do festival Telefônica Sonidos, realizado pela Sony Music, com Julieta Venegas recebendo Marisa Monte, Los Amigos Invisibles recebendo Seu Jorge, Alex Cuba recebendo Tulipa, Jota Quest recebendo Illyah Kuryaki & Los Valderramas, Camila recebendo Wanessa Camargo, Victor e Leo não recebendo ninguém. A cobertura saiu no Uol Música e você pode ler sobre a sexta aqui e sobre o sábado aqui.


Fela Kuti & Carlos Moore
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Ronaldo Evangelista

Fela Kuti era uma força da natureza. O músico e ativista nigeriano, presente no planeta entre os anos de 1938 e 1997, lançou mais de 70 discos, lutou contra o governo, teve 27 esposas (ao mesmo tempo), fundou sua própria república e influenciou o mundo com seu próprio gênero musical inventado, o afrobeat.

Carlos Moore, cientista político e etnólogo, cubano exilado, com Fela conviveu nos anos 70 e em 1981 escreveu a única biografia autorizada do músico, Fela – Esta Vida Puta, que sai agora pela primeira vez em português, com prefácio de Gilberto Gil.

Para marcar, neste sábado acontece evento de lançamento com presença de Moore, filme do Fela, DJs e apresentação da banda Bixiga 70, na Matilha Cultural, São Paulo. Informações aqui.

E hoje, no UOL Música, matéria que escrevi contando essa história inteira, Carlos falando do afrobeat e pequenas observações minhas sobre a música de Fela na de Gil, Céu, Criolo, Marisa Monte e Bixiga 70.

Leia AQUI.
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Red Hot + Rio 2: tropicalismo intercontinental
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Ronaldo Evangelista

Quinze anos atrás, em 1996, a coletânea Red Hot + Rio fez um tributo moderno à música brasileira com gringos descolados como Stereolab, Everything But the Girl, Mad Professor, George Michael e Sting interpretando bossa nova. Agora, dia 28 de junho próximo, sai um segundo volume, desta vez com um olhar mais tropicalista da coisa. Se a bossa nova é um tranquilo estado de espírito, a tropicália é uma linguagem pós-moderna, natural para norteamericanos, caboverdeanos, europeus, brasileiros.

Em um CD duplo, com mais de meia centena de artistas colaborando em faixas majoritariamente inéditas, o Red Hot + Rio 2 tem Tom Zé encontrando Javelin para interpretar sua “Ogodô”, Marisa Monte se juntando a Devendra e Amarante pra um Caetano anos 80, Mayra Andrade cantando com Trio Mocotó, Phenomenal Handclap Band refazendo Milton com Marcos Valle, Madlib entortando Joyce, Vanessa da Mata cantando com o Almaz de Seu Jorge, Of Montreal reinterpretando o clássico “Bat Macumba” dos Mutantes com a versão século XXI dos próprios, Apollo Nove, Céu e N.A.S.A. mandando um Caetano em inglês, mais Orquestra Contemporânea de Olinda com Emicida, Money Mark com Thalma de Freitas, Beirut, DJ Dolores, Rita Lee, Curumin, Aloe Blacc, Marina Gasolina, Carlinhos Brown e um monte de gente.

Quem produz é Béco Dranoff (do selo europeu Ziriguiboom), que também produziu a primeira edição – ambas beneficentes, em combate à AIDS. A lista completa de músicas do CD você vê por aqui e logo abaixo um gostinho, com a californiana Mia Doi Todd colocando sotaque charmoso e abordagem indie na letra em português e no groove do afro-samba “Canto de Iemanjá”, de Baden e Vinicius:


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