Blog do Ronaldo Evangelista

Arquivo : Kiko Dinucci

Melhores de 2011: Juçara Marçal
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Ronaldo Evangelista

Criolo – Nó na Orelha
Passo Torto
Caçapa – Elefantes na Rua Nova
Gui Amabis – Memórias Luso/Africanas
Romulo Fróes – Um Labirinto em Cada Pé
MarginalS
Emicida – Doozicabraba e a Revolução Silenciosa
Pipo Pegoraro – Taxi Imã
Bixiga 70
Bruno Morais – Estúdio A.2
Douglas Germano – Orí
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Em 2011 Juçara Marçal lançou o álbum Metá Metá, com Kiko Dinucci e Thiago França, e participou de Nó na Orelha, do Criolo.
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Mais melhores de 2011 por aqui.


Melhores de 2011: Kiko Dinucci
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Ronaldo Evangelista

Douglas Germano – Ori
Caçapa – Elefantes na Rua Nova
Criolo – Nó Na Orelha
Romulo Fróes – Um Labirinto em Cada Pé
MarginalS – MarginalS
Burro Morto – Baptista Virou Máquina
Felipe Cordeiro – Kitsch Pop Cult
Arthur de Faria e Seu Conjunto – Música Pra Ouvir Sentado
Gui Amabis – Memórias Luso/Africanas
Bixiga 70
Nuda – Amarénenhuma
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Em 2011 Kiko Dinucci lançou álbuns com o Metá Metá (ao lado de Juçara Marçal e Thiago França) e Passo Torto (ao lado de Rodrigo Campos e Romulo Fróes), participou dos discos Nó na Orelha de Criolo e Táxi-Ímã de Pipo Pegoraro e do single “Ela e os raios” de Bruno Morais e ao vivo também se apresentou tocando guitarra com o Sambanzo.
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Mais melhores de 2011 por aqui.


Melhores do Ano pelos Melhores do Ano
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Todo fim de ano pedem aos jornalistas as listas de melhores discos e depois tiram aquela média de favoritos da crítica, mas fiquei aqui pensando, curioso, quais seriam os sons que orbitaram nestes tempos nos ouvidos de quem produz música hoje.

Então, perguntei a alguns artistas interessantes destes tempos quais os onze discos legais mais ouvidos e gostados este ano. Não necessariamente nacionais, não necessariamente deste ano, mas claro que com estes bem lembrados. Sem regras, simplesmente onze discos legais presentes no 2011.

Os álbuns na imagem acima foram os mais citados espontaneamente, fotografia das apreciações em comum, zeitgeist. Mas, talvez até mais interessante, as dicas individuais vem com enorme e deliciosa variedade estilística e temporal, pequeno panorama dos sons que tocaram nos players de músicos, cantores, compositores, rimadores, produtores dos mais legais na ativa em 2011.

Todos os melhores por aqui. Balanço e listas individuais logo abaixo.
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Discos mais citados: Criolo (14 votos), Meta Metá (12 votos), Bixiga 70 (10 votos), Gui Amabis (9 votos), Karina Buhr (8 votos), Junio Barreto (7 votos), Romulo Fróes (6 votos), Pipo Pegoraro, Kassin (5 votos) Gal Costa, MarginalS, Passo Torto, Lira (4 votos), Mariana Aydar, Caçapa (3 votos)
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29 VOTANTES: Filipe Cato, Bárbara Eugênia, Rodrigo Brandão, Lurdez da Luz, Kiko Dinucci, Juçara Marçal, Caçapa, Luisa Maita, Pipo Pegoraro, Mauricio Fleury, Felipe Cordeiro, Thalma de Freitas, Romulo Fróes, Thiago França, Marcelo Cabral, Marcia Castro, Bruno Morais, Pazes, Rodrigo Gorky, Letícia Novaes, Junio Barreto, Cris Scabello, BNegão, Mariana Aydar, Pupillo, Décio 7, Guizado, Lucas Santtana, Pitzan
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(Este post será atualizado conforme mais listas forem publicadas.)


Emicida reinventa Moreira da Silva
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Acompanhado do Sambanzo (de Thiago França, Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Pimpa e Samba Sam), Emicida pega pra si o “Na subida do morro“, samba original de 1952 do grande Moreira da Silva, e transforma em história de seu próprio flow, rap humorado, crônica de ontem e hoje, atenção ao breque. Registrado no dia 3 de dezembro de 2011 no Centro Cultural São Paulo, parte do projeto de descobertas em 78 rotações Goma-Laca.


Destaques em 2011
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Ronaldo Evangelista

Em clima de retrospectiva deste 2011 que acaba, o pessoal do UOL selecionou dez listas de discos que foram destaque pelo ano. Ao lado de Fernanda Mena, Jotabê Medeiros, Lúcio Ribeiro, Fernando Kaida, Cláudia Assef, Antonio Farinacci, Sergio Martins, Mariana Tramontina e Pablo Miyazawa, escolhi dez álbuns que pintaram muito bem em 2011 e escrevi breve comentário de apresentação sobre, em especial, o de Criolo.

Em olhada rápida logo abaixo e todo o resto por aqui.

“Nó na Orelha” Criolo

Uma química especial aconteceu quando Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral começaram a produzir o álbum “Nó na Orelha”, do rapper Criolo. Com representativa história construída no hip-hop, foi uma surpresa sua revelação como compositor de canções e talento bruto como cantor. Entre arranjos de sopros e cordas, som de banda com piano-baixo-bateria e participações de músicos como Thiago França, Kiko Dinucci e Rodrigo Campos, o disco passeia por bolero, dub, soul, afrobeat, samba – e, claro, rap. As letras fortes, cheias de cenas da cidade e dialetos suburbanos, incorporam o discurso do hip-hop – com intepretação intensa, mas amorosa -, em faixas com identidades próprias, em algum lugar entre Sabotage e Adoniran, Wu-Tang e Fela. Caetano Veloso percebeu e quis cantar junto, Chico Buarque atentou e homenageou no show, a MTV deu o prêmio de disco do ano, jornais, revistas, blogs e redes sociais gastaram o assunto. Lançado em LP, CD e de graça na internet, resultando em série de apresentações lotadas e provando fazer jus ao título, “Nó na Orelha” foi o álbum de música brasileira que mais chamou a atenção em 2011.


Goma-Laca, Volume I
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Ronaldo Evangelista

Em apresentação única, hoje às 19h no Centro Cultural São Paulo, o quinteto Sambanzo e convidados especiais reinventam achados do precioso acervo de 78 rotações da Discoteca Pública Municipal, criada por Mário de Andrade em 1935 e até hoje fantástico centro de pesquisas, infinito universo de coisas bonitas.

Investigando sonoridades afrobrasileiras de gravações dos anos 30, 40 e 50, de macumbas estilizadas a antigos cantos de trabalho, o Sambanzo cria grooves de combustão espontânea, com Thiago França no saxofone e flauta, Kiko Dinucci na guitarra, Marcelo Cabral no contrabaixo, Welington Moreira (Pimpa) na bateria e Samba Sam na percussão, recebendo seis diferentes cantores e rimadores acrescentando pontos de vista ao repertório.

Emicida relê Moreira da Silva. Luisa Maita faz versões ultracool de Trio de Ouro e Denis Brean. Bruno Morais latiniza Aracy de Almeida e Grupo X. Juçara Marçal canta Ogum no afrobeat e incorpora o transe no terreiro Iorubá do Jorge da Silva. Rodrigo Brandão encontra Zé Fechado e conecta ritmo e poesia e Ary Barroso. Marcelo Pretto faz festa pra Pixinguinha e adapta Inezita Barroso. O próprio Sambanzo encontra origens em J.B. de Carvalho e a música mostra que existe em todas as épocas ao mesmo tempo.

Parte da série Goma-Laca, que envolve também programa radiofônico, exposição dos 78s originais e pequena homenagem à Oneyda Alvarenga, primeira diretora da Discoteca e que hoje lhe empresta o nome. Noite única, só santo forte, sábado em 78 por minuto.


No aniversário de um ano, o álbum do MarginalS
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Ronaldo Evangelista

Hoje à noite, na Serralheria, acontece o quinquagésimo sétimo show do MarginalS. Não só, é o aniversário de um ano da banda, e, não apenas, a apresentação é especial de lançamento do primeiro CD.

O trio, de jazz e além, tudo que couber no improviso e inspiração, é formado por Thiago França na flauta, sax tenor e EWI, Marcelo Cabral no contrabaixo acústico e Tony Gordin na bateria, improvisação pura, criação espontânea, simbiose humana e musical.

Cabral, claro, produziu os discos da Lurdez e do Criolo, Thiago toca com Criolo, Kiko Dinucci, Romulo Fróes (e no Sambanzo) etc e Tony é irmão do guitarrista Lanny Gordin. Os três juntos tem tocado todas as terças na Matilha Cultural. Em setembro, tocam com Lurdez e Criolo na Casa de Francisca.

Se há pouco mais de um ano eu escrevia na Folha Ilustrada que a cena de jazz em São Paulo andava muito interessante e prestes a criar seus novos clássicos, eu nem sabia mas estava falando disso: formação novíssima, o MarginalS dá um passo além com as ideias de interação musical, derrubando as paredes entre clichês do jás ou qualquer música, instrumental ou não.

Criando tudo 100% no momento, buscando a expressão máxima de cada situação, atacando de frente ou observando de longe os temas que se revelam pelo caminho, os MarginalS se inventam na hora, toda hora, entre o groove e o spiritual, pegada e tranquilidade, abstrato e concreto, literal e figurativo, raciocínio e sensação, além de adjetivos e verbos.

O show hoje é às 23h. O álbum foi produzido pela própria banda e o CD estará à venda por R$10.


Bixiga 70 nas terças do Berlin em setembro
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Não há nada melhor pra uma banda – especialmente instrumental – do que uma temporada, oportunidade de esquentar as juntas, azeitar interações, testar ideias coletivamente e em público. O Berlin, na Barra Funda, com sua climática luz vermelha e estiloso papel de parede, é lugar para apresentações sem tela de proteção ou rede de segurança, relação direta com som, ambiente, público. Vai ser legal ver temporada da big band paulistana de afrobeat e além Bixiga 70 nas tradicionais terças de jazz do clube, dez músicos naquela pista, baile total, durante todo setembro, com convidados como Bruno Morais, Pipo Pegoraro, Bruno Buarque, Kiko Dinucci, Arícia Mess, Anelis Assumpção. Na sequência vem boa novidade da banda: em outubro sai o primeiro single, compacto em vinil 7″ de “Tema di Malaika” b/w dub de Victor Rice.


pensar meio junto diferente no mesmo assunto
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Ronaldo Evangelista

Correndo por fora, pequena grande obra-prima desse nosso 2011 está chegando em pouco: Taxi Ímã, de Pipo Pegoraro, groove tranquilo, suavidade bem cantada, letras de sonho, de céu, de rua, de jardim, de sorriso de namorada, maré de alegria, suave bonjour. Afro, dub, bossa, bolero, pop, arranjos de sopro, som de banda, nascimento do Bixiga 70, caixinha de música com solos de piano elétrico, flauta, trompete, charango, viola. Produzido por Pipo e Bruno Morais, participações de Emiliano Sampaio, Bruno Buarque, Kiko Dinucci, Gui Kastrup, Luisa Maita. No play, “Taxi ímã“, tira gosto, faixa-título e de abertura do álbum. O disco prensado e show de lançamento daqui um mês ou não muito mais. Sábado tem prévia no Teatro da Vila, pra lembrar.


Sambanzo tocando na Serralheria
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Ronaldo Evangelista


O impressionante quinteto Sambanzo, do saxtenorista Thiago França, com Kiko Dinucci na guitarra, Marcelo Cabral no baixo elétrico, Pimpa na bateria e Samba Sam na percussão, tem um conceito musical rico, pegada intensa que cruza figuras afrobaianas, jazz etíope, funk nigeriano. O disco vai ser de cair o queixo e deve sair ainda esse ano. Dando o gosto, nos vídeos acima tocam “Sino da igrejinha” e “Xangô“, ao vivo na Serralheria, filmado pelo Guito.