Blog do Ronaldo Evangelista

Arquivo : Pedro Santos

Melhores de 2011: Pitzan
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Ronaldo Evangelista

Sebasitão Tapajós, Pedro Santos e Djalma Correa – Xingú (1984)
Helcio Milito – Kilombo (1987)
Dora Pinto – Conjunto de Percussão (1960)
Sete de Ouros – Impacto (1964)
Metá Metá
Serge Gainsbourg – Cannabis (1970)
Danger Mouse e Daniele Luppi – Rome
Beastie Boys – Hot Sauce Comitee Pt.2
Kendrick Lamar – Section 80
Danny Brown – XXX
Jay-Z e Kanye West – Watch the Throne
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Em 2011 Pitzan lançou com o Elo da Corrente o vinil O Sonho Dourado da Família, o vídeo de “Um filme” e a faixa “Ave liberdade“.
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Mais melhores de 2011 por aqui.


Melhores de 2011: Décio 7
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Conjunto Baluartes – Nira Congo (1976)
Hypnotic Brass Essemble – The Brothas (2008)
Woima Collective – Tezeta (2010)
Sebastião Tapajós e Pedro dos Santos Vol.2 (1972)
Gilberto Gil – Refavela (1977)
Ariya Astrobeat Arkestra (2010)
Erasmo Carlos – Sonhos e Memórias 1941-1972 (1972)
Victor Rice – In America (2003)
Pipo Pegoraro – Taxi Imã
Hugh Mundell – Africa Must Be Free By 1983 (1978)
Baden Powell À Vontade (1963)
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Em 2011 Décio 7 lançou o álbum de estreia do Bixiga 70, além de tocar em Taxi Imã, de Pipo Pegoraro.
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Melhores de 2011: Mariana Aydar
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Gui Amabis – Memórias Luso/Africanas
Thais Gulin – ôÔÔôôÔôÔ
Chico Buarque – Chico
Pedro Santos – Krishnanda (1968)
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Em 2011 Mariana Aydar lançou Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo.
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Melhores de 2011: Bruno Morais
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Roberta Flack – Feel Like Making Love (1975)
Shafiq Husayn – En’ A-Free-Ka (2009)
Gal Costa – Gal Canta Caymmi (1976)
Bixiga 70
Mallu – Pitanga
Pedro Santos – Krishnanda (1968)
Erasmo Carlos – Sonhos e Memórias 1941-1972 (1972)
Fafá de Belém – Tamba-Tajá (1979)
Karina Buhr – Longe de Onde
Rotary Connection – Hey Love (1971)
Cibelle – Las Vênus Resort Palace Hotel (2010)
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Em 2011 Bruno Morais lançou o compacto Estúdio A.2 e coproduziu o álbum Táxi Imã, de Pipo Pegoraro.
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Bixiga 70, o álbum
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Ronaldo Evangelista

Saiu ontem online e chega em LP logo menos. A impressionante ilustração de capa é do MZK e o som foi co-produzido e mixado pelo Victor Rice.

Com quatro sopros, duas percussões, guitarra, piano elétrico, baixo, bateria, os dez músicos de São Paulo desenham um universo sonoro particular de solos jazzísticos, groove hipnótico, timbres especiais, temas autorais inspirados e uma pérola preciosa de Pedro Santos, do disco afroespiritual Krishnanda.

África é só pra começar o assunto: pelas sete faixas, além da paixão pela música de Gana, Nigéria e Etiópia, ficam claras as inclinações brasileiras, sensibilidade dub, levadas funk, particularidades de arranjo, apreço pelas harmonias bem encontradas e a existência única do Bixiga 70 como uma banda com sua própria assinatura.

Está ouvindo falar e ficou curioso? Só dar play e confirmar as expectativas.

Ouça, baixe, procure saber por aqui. Show hoje no bairro em que a banda nasceu e que lhe dá nome, mais informações por aqui.


Bixiga 70 na Seleta Coletiva
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Ronaldo Evangelista

A big band de grooves de tempero afro Bixiga 70, dez músicos de São Paulo tocando temas autorais e versões ocasionais de Fela Kuti, SoulJazz Orchestra, Pedro Santos e K. Frimpong, se apresenta hoje no Studio SP, dentro da festa Seleta Coletiva – assumindo o posto habitual do Instituto, em Brasília para show do Criolo. O som do Bixiga só melhora, single e álbum de estreia estão para sair e você pode saber mais lendo essa entrevista que fiz com eles, clicando por exemplo aqui ou simplesmente aparecendo no show, pontualmente às 23h, rua Augusta.


azar ou sorte de quem multiplica e soma
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Ronaldo Evangelista

Um faz, outro desfaz. Pedro Santos, Sorongo, percussionista inventor de seus próprios instrumentos e padrões, compositor de grandes ideias e ideais, autor da obra-prima sem par Krishnanda, de 1968, em 40 anos de carreira participou de mais discos e escreveu mais canções do que poderia sugerir o seu semianonimato.

Em 1976, o excelente e ultrararo LP Nira Congo, do Conjunto Baluartes, formado por Eliseu, Luna e Mestre Marçal mais Marçalzinho, Dotô e Toninho, todos ritmistas, samba pesado e de tempero afro particular, incluía pérola existencialista de Sorongo, puxado no cavaquinho e percussão das esferas, “Conflito“.

Pedro Santos pensava e dizia umas coisas tão pontuais, tão únicas e tão certeiras, que ouvi-lo é mais que lição de filosofia, é aprendizado de vida. Você vai ouvindo, vai ouvindo, e de repente quando vê a ideia já está dentro de você, já é um ponto novo nos seus contos. Só abrir a cabeça e os ouvidos e ouvir, a melhor música do mundo hoje, play logo abaixo.

um faz, outro desfaz
vida de morte num mundo que não tem paz
um toma, outro retoma
azar ou sorte de quem multiplica e soma

cada qual mais entendido mais sabido em seus contos
se agachando sempre achando se perdendo nos descontos
noutros dados são quadrados tem seus lados com seus pontos
sacudidos são jogados que os vencidos ficam tontos


Seis perguntas para o Bixiga 70
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Ronaldo Evangelista

Semana passada, terça-feira, no Sesc Pompeia, Prata da Casa, foi uma noite linda: 800 pessoas lotando a choperia, outra centena pra fora sem ingresso, Bixiga 70 fazendo o melhor show de sua ainda curta e já intensa existência.

Pra pequena orquestra que começou há menos de um ano em festa em homenagem a Fela Kuti (e fez show dedicado ao mestre nigeriano na festa de lançamento de sua biografia), já é algo mais apresentar um repertório quase todo de músicas próprias, no esquema de lançar o primeiro disco.

Dez músicos, várias pegadas na soma: Cris Scabello na guitarra, Marcelo Dworecki no baixo, Décio 7 na bateria, Mauricio Fleury no piano elétrico, Romulo Nardes e Gustavo Cecci nas percussões, Cuca Ferreira no sax barítono, Daniel Gralha no trompete, Daniel Nogueira no sax tenor e Douglas Antunes no trombone de vara.

O próximo show da banda é no sábado, em Araraquara, e aproveitei para contar as origens secretas do Bixiga 70 e o ponto atual de sua história em conversa com o pianista e maestro Mauricio Fleury, seis perguntas abaixo.
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Como foi o processo de formação da banda, quando e como vocês se juntaram com essa ideia pela primeira vez?

Nós começamos a tocar juntos durante a gravação do disco do Pipo Pegoraro, no estúdio Traquitana. O Marcelo Dworecki (baixo), o Cris Scabello (guitarra) e o Décio 7 (bateria) já tocavam com o Pipo e foi assim que eu os conheci. Depois da gravação, que já apontava para uma sonoridade afro, nós continuamos conversando, ouvindo e trocando sons africanos que a gente curtia. A partir daí, o Décio começou a convidar outros músicos e a coisa começou a andar. Nosso primeiro ensaio foi em agosto e o primeiro show em outubro de 2010, na Festa Fela de São Paulo.

A principal influência da banda é o afrobeat? Que outros caminhos vocês tem encontrado ultimamente?

O afrobeat é uma influência forte para a gente, sem dúvidas, mas nós também somos muito influenciados pelos ritmos afro-brasileiros do candomblé, e por artistas daqui como Pedro Santos, Os Tincoãs e Gilberto Gil. A música africana de uma forma mais geral (ritmos como o Malinké da Guiné, o Sabar de Senegal, o Highlife nigeriano, entre outros) também está presente na nossa combinação de ritmos. Além disso tudo, rolam influências de cumbia, funk, jazz, dub e todo o resto… cada um dos dez vem de uma escola diferente e isso só acrescenta no processo.

Que versões vocês costumam tocar ao vivo? Já estão com repertório de músicas autorais, todos compõem?

Ao vivo, costumamos tocar algumas do K. Frimpong, um grande compositor, cantor e guitarrista de Gana, também tocamos uma ou outra da Budos Band. Do Fela Kuti nós tocamos várias ao longo dos shows, mas a que nunca falta é “Opposite People”, nossa preferida. “Desengano da Vista” (do disco Krishnanda, de Pedro Santos) é uma que também está sempre no nosso repertório. Já temos várias músicas autorais, os principais compositores da banda são o Décio, o Cris, o Marcelo, o Cuca (sax barítono) e eu. Mas todos da banda acabam contribuindo muito na hora do arranjo.

Qual a relação da banda com o estúdio Traquitana (na rua Treze de Maio, 70, Bixiga)? O que de mais interessante acontece recentemente por lá?

Essa relação é total, acho que a banda dificilmente existiria se não fosse o estúdio, que tem espaço para todo mundo e funciona como nosso quartel-general. Recentemente, quem passou por lá foi o Tatá Aeroplano, a Trupe Chá de Boldo, Anelis, Leo Cavalcanti, Thaide, Márcia Castro, Cachorro Grande, Bruno Morais, Nhocuné Soul… Sempre tem gente legal colando.

Vocês já gravaram o primeiro disco? Só autorais? Quem produz e participa, quando sai?

Já gravamos. Quase todas são autorais, já que gravamos o “Desengano da Vista” do Pedro Santos. Deve sair no segundo semestre e foi produzido por nós e pelo Victor Rice, no estúdio Traquitana. Gravamos todo mundo tocando junto e agora estamos mixando as primeiras músicas.

Quais as outras bandas mais interessantes em que se envolvem membros do Bixiga?

Todos os integrantes possuem projetos paralelos ou acompanham outros artistas, são tantos que ficaria difícil lembrar de todos. O Cris toca com a Anelis e com o Rockers Control, o Décio também é do Rockers, toca com o Leo Cavalcanti, Pipo Pegoraro; o Marcelo também toca nessas duas últimas e tem a Banda Estrombólica, o Dani Boy (sax tenor) tem uma big band, que é o Projeto Coisa Fina, o Doug Bone (trombone) toca com a Black Rio e outras inúmeras bandas; o Daniel Gralha (trompete) toca no Projeto Nave que é a banda do programa Manos & Minas da TV Cultura e também no Otis Trio que é uma banda de jazz classe A, e é disso que eu consigo lembrar agora.
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Fotos das gravações do álbum do Bixiga 70.
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