Blog do Ronaldo Evangelista

Arquivo : Bob Dylan

Melhores de 2011: Guizado
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Ronaldo Evangelista

Bob Marley – One Love: The Very Best of Bob Marley & The Wailers
Bob Dylan – The Times They Are A-Changing (1964)
Iggy Pop – Party (1981)
Stark Reality – Now (1969)
Pink Floyd – The Piper at the Gates of Down (1967)
The Beatles – Revolver (1966)
Secos e Molhados (1973)
Novos Baianos – Acabou Chorare (1972)
B.A.D. – No. 10, Upping St. (1986)
Antonio Carlos Jobim – Stone Flower (1970)
Quincy Jones – They Call Me Mr. Tibbs (1970)
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Em 2011 Guizado apareceu no álbum Longe de Onde, de Karina Buhr, e no compacto Estúdio A.2, de Bruno Morais.
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Mais melhores de 2011 por aqui.


Caetano e Gil na Ilha de Wight, 1970
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Ronaldo Evangelista

Quando partiram do Brasil em julho de 1969, primeiro para Portugal, depois para a França, Caetano Veloso e Gilberto Gil já davam o tropicalismo como morto. Foi angustiante, mas de certa maneira também libertador: focaram ainda mais na beleza das canções e força dos happenings, passaram a compor em inglês e ampliaram a visão cosmopolita. Quando afinal se decidiram por Londres – e lá moraram pelos dois anos seguintes -, tiveram acesso direto ao pop global da época, em mais de um sentido.

Ainda em 1969 foram à segunda edição do Festival da Ilha de Wight e viram Bob Dylan ao vivo. No ano seguinte, em 1970, foram lá assistir Jimi Hendrix e Miles Davis. O show de Miles, com uma única música, chamada “Call it anything”, trazia Airto Moreira na percussão e na versão lançada em DVD dá até pra ver o Gil na plateia assistindo.

De repente, logo depois do show do Miles, ouviu-se ao microfone: “Brazilian composers Gilberto Gil and Caetano Veloso, invited to the backstage by Miles Davis!” Eles atravessaram as 600 mil pessoas e chegaram ao camarim, onde encontraram o responsável pelo chamado, Airto, e conheceram Miles.

No terceiro dia do festival, viraram atração e subiram ao palco com mais de uma dezena de brasileiros (Gal e os músicos d’A Bolha também estavam no festival com eles) para cantar algumas das novas canções em inglês e protagonizar um happening que envolvia uma roupa coletiva de plástico vermelho (criação de uma artista plástica francesa) e fim apoteótico com vários nus no palco.

A reação foi um público “delighted” e uma crítica na revista Rolling Stone dizendo que, em comparação àquilo, o que havia acontecido nos dias anteriores era simples “psychedelic muzak”. A primeira nota na imprensa americana a respeito de Caetano e Gil.

Quando fomos à Bahia há pouco, Caetano comentou que lembrava detalhes da nota na Rolling Stone de memória, mas nunca mais a tinha visto, que aquilo tinha que ser encontrado. Aceitando o desafio, Paulo Terron, editor da RS brasileira, fez a busca e encontrou:

Via.

(Foto daqui.)


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