Blog do Ronaldo Evangelista

Arquivo : Marcelo Jeneci

Discos de 2012
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Ronaldo Evangelista

Dois mil e doze já começou assim, primeiros grandes discos do ano já saídos ou chegando na rua logo menos. Se 2011 foi um ano tão interessante em discos brasileiros, o novo ano acompanha e já chega com lista quente de promessas. Só pra não perder o ritmo do balanço, logo abaixo algumas novidades entre porvir em não muito e já nascidas nesse primeiro mês e meio do segundo ano da segunda década desse nosso vigésimo primeiro século.


*A faixa título do quarto álbum de Lucas Santtana, “O Deus Que Devasta Mas Também Cura”, foi escrita originalmente para o álbum Memórias Luso/Africanas, de Gui Amabis, do ano passado, e outras joias do novo disco incluem versão de uma maravilha contemporânea de Tom Zé, participações de Céu, Curumin, Letieres Leite, Guizado, Ricardinho Dias Gomes, Marcelo Callado, Gustavo Benjão, Lucas Vasconcellos, Rica Amabis, Marcão Gerez, Mauricio Fleury, Gustavo Ruiz, Bruno Buarque, Gui Amabis, Luca Raele e altos sons e composições novíssimas.


*Digamos que Caravana Sereia Bloom, terceiro álbum da Céu, primeiro dela produzido por Gui Amabis (junto com ela), está para Memórias Luso/Africanas como seus dois primeiros estavam para Excelentes Lugares Bonitos, de Beto Villares. Composições de Lucas Santtana e Jorge Du Peixe, reggaezinho old school, versão íntima de Nelson Cavaquinho e participações de Pupillo, Dustan Gallas, Rica Amabis, Curumin, Thiago França, Lucas Martins, Fernando Catatau.


*Nave Manha, o segundo disco da Trupe Chá de Boldo, vem com produção de Gustavo Ruiz e enorme evolução do primeiro álbum da banda de 13 membros, Bárbaro. Indie-disco, new wave, tropicalismo, pop hippie, jovial e charmoso.


*A banda do casal Letícia Novaes e Lucas Vasconcellos (ele que também toca no disco do Lucas Santtana, aliás), mais Thomas Harres e Fábio Lima, Letuce, chega ao segundo disco bem resolvida e no pique. Manja Perene? É provocador, sensual, excêntrico, sincero, debochado, inteligente, divertido.


*Gravado desde o ano passado, lançado nos princípios do ano 12, Avante vem com as composições habitualmente excelentes de Siba, agora brincando a sério com a guitarra, sob produção de Catatau.


*Legal, simples, esperta, com composições interessantes e som doce-de-ouvido, Na Rua Agora é a estreia de Marina Wisnik com produção de Marcelo Jeneci e Yuri Kalil.


*Banda de apoio de uma do último da Gal (e, dizem, do show de Recanto que vem por aí) e com relações cruzadas com Tono, Kassin, Rob Mazurek, Damo Suzuki, Arto Lindsay, experimentalismo carioca, cabou de sair Rabotnik #3.


*Regional e digital, colagens de grooves e texturas, nó nas possibilidades de combinações e recombinações, primeiro álbum “oficial” do mineiro de Pouso Alegre Zé Rolê aka Psilosamples, Mental Surf.

*Já comentei, Meu Samba No Prato é o melhor disco de samba-jazz gravado no Brasil em anos, homenagem ao clássico LP Edison Machado é Samba Novo e ao mesmo tempo vigor de novidade criativa pelo sexteto de Marcos Paiva.

*Também do ano passado, com lançamento oficial para breve, sensa o carimbó new wave brega & chique de Felipe Cordeiro no álbum Kitsch Pop Cult, produzido por André Abujamra.

*De cair o queixo mesmo é Bahia Fantástica, novo, segundo, de Rodrigo Campos, gravado por Gustavo Lenza, dirigido por Romulo Fróes, inspirado em Curtis Mayfield e Dorival Caymmi, acompanhado de Mauricio Takara, Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Mauricio Fleury e Thiago França.

*Gaby Amarantos, Treme, produzido por Carlos Eduardo Miranda (QST), Waldo Squash (Gang do Eletro) e Félix Robatto (do La Pupuña), Belém goes mainstream, você já está aí esperando, né?

*Também não sei se você já ouviu, mas estalando no forno está o novo, terceiro, do Curumin, Arrocha. A qualquer momento em edição extraordinária.

*Aqui torcendo para sair esse ano o, pelo ouvido até agora, delicioso disco de Kika Carvalho, na produção caprichada de Décio 7 e Victor Rice.

*Continuando a incrível safra de todos os envolvidos e atingindo altos picos de musicalidade, chegando em pouco Etiópia, do Sambanzo, registro em disco da formação de Thiago França com Marcelo Cabral, Kiko Dinucci, Pimpa e Samba Sam tocando temas afrobrasileiros selvagens.

*Levantando verba via esquema crowdfunding, Cão Sem Dono é o primeiro solo de Tatá Aeroplano, depois de três álbuns com o Cérebro Eletrônico e dois com o Jumbo Elektro, agora com produção de Junior Boca e Dustan Gallas (que produziram Journal de Bad, da Bárbara Eugênia).

*Claro, estou, estamos todos, curiosos mesmo é com esse segundo da Tulipa, também produzido por seu irmão Gustavo Ruiz (e com patrocínio da Natura).

*Cortes Curtos é o disco de canções-vinhetas do Kiko Dinucci, tão boas quanto curtas.

*Também testando o esquema crowdfunding (embora almejando um pouco mais), tem essa do disco Cidadão Instigado IV, aparentemente com faixas todas já compostas e prontas pro rec.

*Flora Matos promete vir logo com dois: Do Lado de Flora e Flora de Controle.

*Fela Kuti com Pink Floyd, diz Otto, sobre The Moon 11:11.

*De Pés no Chão, de Marcia Castro, já está pronto e quase na rua.

*Apostando aqui e agora que vai ser bem legal esse disco caseiro e em dupla de Marcelo Callado & Nina Becker.

*O novo da Orquestra Contemporânea de Olinda está sendo produzido por Arto Lindsay.

*Andreia Dias está fazendo seu novo Pelos Trópicos em trânsito, compondo e registrando entre viagens por Belém, São Luís, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Chapada Diamantina, e boto fé que pode ficar bem especial.

*Gravado em dezembro, saindo em março, tem o Acústico MTV do Arnaldo Antunes, com Marcelo Jeneci, Curumin, Edgard Scandurra, Nina Becker, Moreno Veloso, Guizado.

*E, pra não dizer que não lembrei das flores, seguimos na expectativa fiel dos lendários segundos álbuns do Sabotage, do Instituto, do 3 na Massa, do BNegão, do Rubinho Jacobina, do Beto Villares, o prometido novo do Hurtmold, o com certeza bem bonito primeiro solo de verdade do Moreno Veloso e o especulado primeiro solo de Rodrigo Amarante.

Tá bonito, música boa não vai faltar em 2012. Esqueci de algo?


Felicidade em Sairé
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Ronaldo Evangelista

Pra filmar seu primeiro vídeo, da canção “Felicidade”, de seu álbum Feito Para Acabar, do fim do ano passado, Marcelo Jeneci foi pra cidade de Sairé, interior de Pernambuco. Ao lado de Laura Lavieri, tocando violão na rua e piano elétrico na chuva, ouvindo a música em altos falantes espalhados pela pequena cidade, Jeneci encontrou velhos parentes e entrou no clima de pequeno município para ilustrar a música em imagens simples e diretas, leves e idílicas como a canção. A direção do novíssimo clipe é de Lucas Cirillo, produtora bigBonsai, e em breve lançam também minidocumentário sobre a visão de felicidade dos moradores de Sairé.


Conversando com Erasmo Carlos
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Ronaldo Evangelista

Setenta anos de idade, 50 anos de estrada, 40 anos do clássico Carlos, Erasmo. “É muita comemoração, eu tenho que trabalhar”, brinca Erasmo. Disco novo cheio de novidades, só canções inéditas, parcerias interessantes, som nada careta, a essa altura e dois anos de seu último disco de inéditas, Rock ‘n’ Roll, exemplo de pique. O álbum novo, Sexo, produzido por Liminha, está na rua e você pode ouvir e saber mais por aqui. Aproveitando phoner pra bater aquele papo e falar sobre a vida, conversei com Erasmo hoje, logo abaixo.

Como foi o processo de gravação do disco, o Liminha fez os arranjos?

Foi igualzinho o outro disco. Eu faço a musica aqui em casa na minha bateria eletrônica. Então ele vai e comeca a alquimia dele lá. Ele obedece tudo que eu fiz, tudo como está, e vai vestindo aquilo, como se ele vestisse o esqueleto. Aí ele vai botando as guitarras, vai trocando a bateria eletrônica pela bateria humana e vai montando o disco. Vamos trocando ideia e montando o disco.

Tudo a partir do seu violão, da sua voz e da bateria eletrônica?

É, ele conserva às vezes alguns violões meus.

Bonito o violão de nylon em “Sentimento exposto”.

Ele disse, “Erasmo, esse violão eu vou ter que conservar porque ninguém sabe fazer”.

É raro ter violão seu nos discos, né?

É. Porque sempre mudam, né, bicho? Através da minha vida sempre foi assim: eu mostro pros músicos, eles começam a mudar os acordes, daqui a pouco vira outra música, sabe? Os músicos são modernosos. Eles estão sofrendo novas influências sempre, claro. Então qualquer música que eles pegam eles botam influência da época. Eu não, eu tenho minha influência de base. Então ela vai persistir em toda minha vida, acho que é isso que faz o estilo de uma pessoa. Eu gosto de adaptar as tendências para o meu negócio.

Esse processo de gravar em casa e levar pro Liminha é de dentro pra fora.

E conserva minha identidade na coisa.

Você chegou a compor canções que fugiam do tema? Tem um baú de canções ou todas que foram feitas foram utilizadas?

Não cara, aconteceu comigo uma coisa chata que eu fiz muito mais que as canções que as que entraram no disco. Na época eu estava mudando a minha tecnologia caseira. Eu ainda compunha com cassete, sabe?, aí eu passei pra minha época digital, comprei meu gravador digital. Então eu ia compondo, depois pegava o USB e depois fazia um disquinho e guardava. Aí passava e gravava outras coissas no USB, porque o que eu tinha feito estava guardado no CD. Cara, eu acabei perdendo três CDs! Perdi, não sei onde que foi, se roubaram, se deixei por aí. Não sei se porque eu estava gravando e os CDs voltavam e iam e voltavam e iam, de repente eu perdi. Já procurei tudo e ali tinha música pra caramba, tinha muito mais música do que eu gravei. Tem umas coisas ainda do Rock ‘n’ Roll, sobraram de lá.

Então foi questão de umas 30 músicas?

Foi por aí. Muitas eu sei de cabeça, outras não. Foi besteirada minha, coisa de aprendiz.

É bom, as que sobraram devem ser as melhores.

É, já estavam separadas em um CD pro Liminha.

Erasmo, até hoje sinto uma singeleza muito grande no seu jeito de compor. Uma certa simplicidade, uma abordagem quase zen, como uma busca.

Eu sou assim. O que eu mostro nas minhas músicas é o que eu sou, sabe? Por isso que eu acho que eu nunca precisei de analista, o que eu tenho que expressar eu expresso nas minhas canções. Então essa forma de você analisar, ou como qualquer pessoa analisar, é sincero, bicho. Não faço nada por armação, sou muito sincero nas coisas que eu falo.

Legal você falar de terapia, porque tem essa característica quase existencial. Lembrei daquela música linda que você deu pra Paula Toller uns anos atrás.

O q é q eu sou“. Eu não regravo essa música porque ela é muito pra mulher, sabe? A segunda parte dela é bem mulher cantando. Só por isso que eu não regravo. Mas eu queria muito regravar essa música que eu gosto muito dela.

E ultimamente rolou encontro com nova geração de músicos, tem chegado novas informações?

É, a gente tá sempre junto por aí, se encontrando. A minha aproximação com Arnaldo começou que fui gravar o DVD dele, Ao Vivo Lá em Casa. Lá nesse mesmo dia conheci o Jeneci. Aí eu fiz o Grêmio, programa do Arnaldo na MTV, depois ele participou de um show meu, claro que a parceria seria inevitável nesse novo disco, Sexo. O Jeneci também, a gente vai se conhecendo pela vida, como o Kassin, como o Domenico, que eu conheci atraves de Adriana Calcanhotto. a Silvia Machete, que fez um show inteiro com as musicas do Carlos, Erasmo. A gente vai se conhecendo assim pela estrada e vai formando uma amizade. Nos anos 80 já foi assim com Titãs, Kid Abelha, Ultraje a Rigor, vai vindo. Agora essa geração do Marcelo Jeneci. Eu fico feliz com isso porque eu vou ficando. Minhas músicas vão ficando de geração pra geração.

Como se fossem fazendo mais sentido, renovando o contexto.

É, muita gente entende muito mais minha música agora do que entendia na época que eu fiz.

Estava ouvindo recentemente uma gravação de uma música sua muito boa, só você tocando violão em um disco de entrevistas no começo dos anos 70…

O “Samba da preguiça“. Eu fiz essa música pra Nara Leão. Ela cantou num show dela e acabou não gravando. Quem gravou essa música recentemente foi Wanderlea, no último DVD dela.

Tem muitos sambinhas da época, né? “A hora é essa”, que a Célia gravou, “Eu queria era fica sambando”, que os Originais do Samba gravaram…

Ih, caramba, você é conhecedor da minha obra.

Sou fã desses sambinhas, Erasmo. Estou esperando seu disco de sambinhas.

Tá certo. (risos) Tá bom.

§ Erasmo Carlos se apresenta no Teatro Bradesco, em São Paulo, no dia 14 de setembro. Sexo acaba de ser lançado.


pop-eye
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Ronaldo Evangelista

Enquanto tudo isso, o mundo continua girando e tudo isso aconteceu.

§ Emicida lançou EP novo, Doozicabraba e a Revolução Silenciosa, gravado em SP e NY com apoio do Creators Project, da Intel. A foto que ilustra o post é do show de lançamento, no Pavilhão da Bienal, último fim de semana.

§ Segundo o irmão e produtor do Emicida, Fióti, em 24 horas o EP teve 70 mil audições, e, segundo os beatmakers K-Salaam & Beatnick, em dois dias já passou dos 30 mil downloads.

§ Criolo vai participar do festival Planeta Terra, em novembro. Semana passada ele apareceu na TV Folha, foi dar entrevista no programa de rádio da Patricia Palumbo e fazer showzinho e trocar ideia no programa de tv-de-internet da Lorena Calábria.

§ Em entrevista a Gabriela Alcântara, Curumin comenta que seu disco novo está pronto, com participações de RussoPassaPusso e Céu e um arranjo de Gui Amabis. O plano é lançar ainda esse ano.

§ O clipe de “Ziriguidum”, da Lurdez da Luz, está no forno.

§ O Elo da Corrente estreou cinematográfico vídeo novo, com participação de vinil da Orquestra Afro-Brasileira.

§ A TPM publicou perfil massa de Flora Matos.

§ Depois do discurso-ode às partes íntimas femininas protagonizado por Tom Zé no Rio, de volta em casa ele executa o ritual de lavagem das calcinhas.

§ Pedro Alexandre Sanches entrevistou Alcione, em partes um e dois.

§ Six entrevistou Guilherme Arantes, no Uol Música.

§ Clipe novo de Zé Ramalho, cantando George Harrison em forró, de disco de versões de Beatles que lança em breve.

§ Filipe Catto e Cida Moreira cantam “Back to black” de Amy Winehouse, um ano atrás.

§ “La liberación“, faixa-título do novo do CSS.

§ Segundo a Polysom, a venda de vinis nos EUA subiu 41,2% no primeiro semestre e na Inglaterra 55%, em relação ao mesmo período no ano passado.

§ O CD e o DVD de Caetano Veloso e Maria Gadú venderam 142 mil cópias: 90 mil o CD, 52 mil o DVD. Nos parâmetros de hoje da indústria, o DVD e CD (duplo) já são disco de platina.

§ O Itaú Cultural vai assumir a gestão do Auditório Ibirapuera por cinco anos em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, escolhido em edital.

§ Este mês a Bohemia lança o projeto Gran Momentos e patrocina alguns shows gratuitos em praças e bares com “o melhor da MPB em São Paulo”: Céu, Marcelo Jeneci, Tulipa, Mariana Aydar etc.

§ Tulipa, Lucas Santtana e Do Amor tocam no Niceto Club, em Buenos Aires, Argentina, dia 15 de setembro.

§ Do meio de agosto ao fim de setembro, Luisa Maita faz turnê de mais de 20 datas pelos Estados Unidos.

§ Thais Gulin canta no Tom Jazz, em São Paulo, próximo dia 18 de agosto.

§ Domingo agora acontece feira de vinis organizada pela Locomotiva Discos, no Puri Bar.

§ Sergio Mallandro 2011: rapper.


Zé Miguel Wisnik – Indivisível
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Ronaldo Evangelista

Oito anos depois de seu último disco, Pérolas aos Poucos, de 2003, Zé Miguel Wisnik está lançando álbum novo, duplo, Indivisível, capas acima de Elaine Ramos, brincando visualmente com as iniciais Z, M e W. Ouça ambos imediatamente no Bandcamp do ZMW, por aqui.

Produzido por Alê Siqueira, com parcerias com Marcelo Jeneci (“Feito pra acabar”, que deu título a seu disco), Alice Ruiz, Jorge Mautner, Chico Buarque e Guinga, além de poemas musicados de Antonio Cícero e Gregório de Matos, os discos são levados um por piano outro por violão. No de piano, exceto por uma com Jeneci ao instrumento, Wisnik é quem toca em todas. O de violão é levado pelo toque de Arthur Nestrovski.

No disco novo de Gal Costa, todo composto por Caetano Veloso, uma das duas únicas músicas não-inéditas foi justamente interpretada antes por Wisnik, em 2005, na trilha do espetáculo Onqotô, do Grupo Corpo, feita por Caetano e Zé Miguel. “Madredeus“, a canção que cantava e que foi regravada por Gal, entrou no novo dela justamente por sugestão de Zé Miguel a Caetano.

Wisnik agora também faz a direção musical do próximo espetáculo do Grupo Corpo, que estreia mês que vem no Teatro Alfa.
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Cultura Livre na TV
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Ronaldo Evangelista

Em 2009 passei temporada dentro da Fundação Padre Anchieta, trabalhando na rádio Cultura Brasil, AM 1200. Oficialmente, meu período lá foi para o desenvolvimento e criação do portal da rádio, estreado em 2010 já sob a edição do grande Ricardo Tacioli, por lá até hoje.

Aconteceu naturalmente que, além do projeto para entrada na internet do ótimo e variado conteúdo produzido por lá, me envolvi intensamente com a rádio, ajudando a desenvolver uma nova grade de programação e criando o que víamos – eu mais Lívia Libâneo, Juliana Leite, Biancamaria Binazzi e Roberta Martinelli, a equipe original – como o programa ideal, das vinhetas e quadros ao elenco e convidados, sempre centrado nas novidades.

Diário, das duas às três da tarde, no ar desde setembro de 2009, o Cultura Livre segue sob o comando de Roberta Martinelli e chega hoje a nova fase, estreando na TV Cultura versão diária de 15 minutos, às 20h.

Dirigido por Ricardo Elias (um dos criadores do Manos e Minas), a primeira temporada do Cultura Livre na TV está sendo filmada em parte com iPhones e tem convidados diários: Marcia Castro hoje e pelos próximos dias Tulipa, Jeneci, Leo Cavalcanti, Mombojó, mais alguns.

Depois do “desmanche de ineficiência” de João Sayad e da interessante proposta de exibir produções independentes, um ponto a mais por enxergarem o potencial de experimentações e novidades de um programa na rádio no prédio ao lado, debaixo do nariz e apontando pro mundo.

Boa sorte e amém: hoje e todo dia às 20h na TV Cultura vemos o resultado.
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Dia dos Namorados: Jeneci canta Mutantes, Mallu encontra Lulina
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Ronaldo Evangelista

Ontem, domingo, foi dia dos namorados. Aproveitou? A MTV recuperou uma antiga ótima ideia dela e colocou pessoas legais para cantar juntas canções de amor, no lindo cenário que é a Casa de Francisca. Romulo Fróes e Kiko Dinucci cantam Itamar Assumpção, Tulipa e Criolo cantam uma música dela, Jeneci e Laura cantam Mutantes, Mallu e Lulina cantam músicas das duas. Todos os vídeos podem ser vistos por aqui, logo abaixo dois momentos.


Grande achado cantar Mutantes, essa música, esse arranjo, grande diversão, “It’s very nice pra xuxu”, de Arnaldo, Rita e Sérgio, nas vozes de Marcelo Jeneci & Laura Lavieri.

Lulina com sua guitarra quadrada, Mallu de violão resonator e as duas de dueto vocal e de assobios em “Compromisso”, do segundo disco da Mallu, de 2009.


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